Beá Meira

Passei a visão, 2016

No Rio de Janeiro, participei de um evento promovido pela Agência Redes da Juventude, em 2017, que tinha o objetivo de reunir um jovem artista da periferia e um mentor mais experiente para realizar uma ação na periferia. Fui convidada para realizar uma atividade em uma escola pública na Pavuna, próxima à Arena Carioca Juvelina Pérola Negra, acompanhada do jovem artista Lucas Ururah

Para quem esteve acostumada a atuar na formação de professores, trabalhar diretamente com os estudantes numa escola pública é sempre uma experiência valiosa. Tínhamos uma turma grande e fomos direto para quadra. Minha ideia era produzir um desenho grande, coletivo, realizado a partir de gestos e movimentos corporais, disparados inicialmente a partir de comandos, e que aos poucos os estudantes fossem se apropriando de forma autônoma de partes do trabalho. Foi interessante ver como a partir de um grupo de meninas que começaram fazer círculos concêntricos toda a turma se afinou neste gesto colaborativo sem uma combinação prévia.

A atividade aconteceu num tempo de aula, isto é, 50 minutos. O Lucas foi um grande companheiro, se misturou com os meninos e meninas e manteve todo mundo concentrado. Repetimos a experiência depois numa escola privada da Zona Sul.

Começamos com consciência corporal e silêncio

Uma roda para desenhar um círculo de forma colaborativa

O objetivo da atividade é relacionar desenho e corpo

Finalização do desenho pelos estudantes

Visão geral do desenho na quadra