Síntese óptica das cores
Em 1985, para finalizar a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, a FAU da USP, realizei o TGI — Tese de Graduação Interdisciplinar, abordando o tema: A síntese óptica das cores.
Fui orientada pelo prof. Maurício Nogueira Lima, um artista relevante do movimento de Arte Concreta, que era professor na FAU, naquela época.
Ele era um artista que estudava a fundo a teoria das cores, e experimentava em sua pintura as sutilezas envolvidas nas harmonias cromáticas, nas veladuras, transparências, um verdadeiro mestre.
Com o apoio institucional dele, recebi bolsa da FAPESP de iniciação científica e segui a minha proposta de verificar as sínteses entre as cores, a partir do sistema de classificação de Albert Munsell.
A intenção do trabalho era sistematizar os resultados da síntese óptica, estudar a somatória óptica a distância a partir de um reticulado á distância.
O trabalho foi muito bem avaliado pela banca, tirei 10 com louvor e recebi uma proposta de continuidade da bolsa de pesquisa. Ao longo das experiências verifiquei que o sistema Munsell, na edição da Biblioteca da FAU, talvez tivesse ainda erros de distanciamento entre as cores no intervalo do amarelo.
Construí manualmente uma retícula 50% para testar a síntese ótica de 10 cores equidistantes, combinadas duas a duas à distância no círculo de : 180º, 144º, 72º e 36º em esquemas gradativos. As pranchas de estudo foram feitas com serigrafia, usando pigmentos industriais para produzir tintas transparentes, que respondessem aos processos de impressão e secagem com máximo rigor.
Pranchas de experimentações 1
Pranchas de experimentações 2
Pranchas de experimentações 3
5BG6/10 + 5RP4/12
5YR 7/7 + 5Y 8.5/6
5GY 7/4 + 5G 6/8