A carne de gaia — 2023
Uma série de trabalhos ainda em finalização que foram realizados a partir da vivência na comunidade ribeirinha de Tumbira, no Rio Negro, em janeiro de 2023, onde participei do Lab Cor, com um grupo de seis mulheres, projeto promovido pelo Estudio Intotum.
Desenhos
Buscam captar a sofisticação da cultura local, a beleza dos seres humanos e não humanos, da paisagem e do clima amazônico. O desenho cotidiano tem sido um instrumento para investigar e aprender com a deriva e a experiência estésica com o desconhecido.
Espelho de Arus
Impressão em fine art
40 x 80 cm
Mapa-tapete
Um mapa que registra o desmatamento na região do Rio Negro, bordado sobre talagarça
com fios naturais de algodão. No mapa, os rios Negro e Amazonas, os pequenos rios e igarapés, e a RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) são pressionados pelas cidades, estradas, áreas de mineração e desmatamento nas proximidades. Busca-se com este objeto revelar a ameaça ao ambiente frágil da Floresta Amazônica.
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A carne de Gaia (detalhe)
Tapete
240 x 140 cm
Tecidos
No laboratório de cores em Tumbira, um jogo de renda portuguesa foi tingido com pigmentos naturais retirados de espécies botânicas da floresta. Posteriormente as peças foram bordadas com fibra de tucum indígena, com a intencionalidade de apagamento e cura dos processos coloniais. Neste trabalho, o gesto feminino do bordado é usado como arma para confrontar a memória familiar incômoda e a colonialidade presente no cotidiano do Brasil.
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Desamarra
Renda Portuguesa tingida com a folha do crajiru e rebordada comTucum
25 x 40 cm